quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Kindle brasileiro é o mais caro do mundo


O brasileiro pode ser considerado o que paga mais caro para ter o leitor de livros digitais da Amazon. Aqui, os novos modelos do Kindle, lançados nessa quinta-feira (19), chegam sob o custo de US$ 312,15 em sua versão mais simples. A informação é da Folha de S.Paulo.

A constatação de que os preços saem abusivos para o Brasil veio da própria Amazon, que fez um levantamento com os 28 países em que há condições de se consultar as taxas de importação. O estudo mostrou que, aqui, o Kindle enxuto, que conta somente com tecnologia Wi-Fi e custa originalmente US$ 139, ganha uma carga de US$ 152,17 na importação – o que eleva o preço ao equivalente a R$ 550.

A situação brasileira se agrava quando se compara os valores com os praticados pelo segundo lugar no ranking: na Índia, o mesmo aparelho sai com "apenas" US$ 56,34 de taxas. Os custos indianos são quase um terço dos brasileiros.

Já em outros países, como Hong Kong e Hungria, nem sequer há taxas de importação, somente o custeio do frete - cujo valor foi fixado pela empresa em US$ 20,98.

No caso do Kindle mais completo – com 3G e Wi-Fi – o brasileiro precisa pagar US$ 199,73 em impostos por um aparelho com valor original de US$ 189. O produto, ao ser importado, chega ao Brasil por US$ 409,71, ou cerca de R$ 725.

Não às taxas

Recentemente, o advogado Marcel Leonardi conseguiu que a Justiça Federal reconhecesse imunidade tributária ao Kindle. A decisão foi tomada pelo fato de o aparelho servir apenas como leitor de livros e, por isso, poderia ser visto na situação do livro tradicional, cuja importação é livre de taxas.

Segundo o G1, Leonardi entrou com o pedido no ano passado, alegando que o Kindle deveria ser enquadrado no artigo 150 da Constituição Federal, que concede imunidade tributária em caso de importação de livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.

Apesar da vitória do advogado, a regra não se aplica a todos e quem quiser o benefício terá de lutar por ele.

Redação Adnews

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